Ah versos e trovas...
Explicai os sonhos dos ébrios infelizes
O desejo nos lábios das meretrizes...
Fala da primavera, dos botões - Flores tão novas!

Quem, anda nos sonhos ao poente
Enquanto homens, em febre deliram
E na alba despertam, e suspiram
Foi-lhes a noite mais que o dia, indulgente!

Ouvi o teu riso
Ao avançar e rasgar o véu
Pelas promessas dos bustos, tinta e pincel...
No lago, riam-se as Deusas do engano de Narciso!

Guarda minhas palavras, meu sussurro breve
Para que o vento não as leve
E sem querer, chorem as flores!

Nas mãos, carrega o justo o rosário
E oculto ao peito, o escapulário
Foto, causa una da paixão... E dor dos tenores!

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Observação
"Pelas promessas" - No texto, está no sentido de "tentação, sedução"