As rosas!
Das primaveras, pequenas Helenas
Roubam os beijos dos colibris
Que voam baixinho
Esquecidos do céu...

Perdoai vale verdejante
Mas o que procuro dentre os arvoredos
É aquela que vem, nas tardes primaveris
E se vai, levando consigo - Numa mão uma rosa
E na outra um pedaço de mim!

Ouço! O riso infanto!
Não foram as flores, que bailam silentes
Não foi a lua, que hoje não veio - Perdoai
o devaneio de quem escuta-lhes os segredos...
Não foram tampouco as Musas enjeitadas, que só choram...

Esqueceu o vento de cobrir
Distraído talvez com as melenas
As pegadas na areia... Tão pequenas...
Mas que a noite guardam o sereno,
E às vezes, algumas lágrimas!

Desvia homem, teu olhar ao céu!
Não está entre as estrelas distantes
Nem junto ao sol que te abrasa...
Esta gema - Fulgor que brilha
Flama que em volúpia arde
Está junto a ti  - Não a viste?
Volvendo, ao teu lado, o olhar ao céu!

                              (A uma menina do campo...)