Caminha, ao som das avenas
Vibra a mesma ária de tempos idos
No pergaminho de versos, alguns não lidos
Jamais os leram Beatrizes e Helenas!

Se iguais eram as açucenas
O rubor das rosas enciumadas
O arrepio nas palavras sussurradas
E o beijo... Ó mulheres de Atenas!

Por que pois, nega dos flancos os ardores?
Já não te alcança o canto dos tenores
No afresco muda, a Musa pensativa...

Tu não romperás à todo céu, rezam os papiros
Bendita pátria dos gáudios e suspiros
Têm a ti como um sol, nova aurora a cada rogativa!