CIÚMES
E como perderam o encanto!
Os vales, prados, os arvoredos
Quando os homens, apontando em riste os dedos
Tomavam-se de júbilo ao infanto!
Provoca-me a translucidez do véu
Como cristal que a luz permeia
Lascivos olhos, à luz da candeia,
Fizeste do cônjuge amante infiel!
Tu na ciranda, como folha ao vento
Tornei-me cioso, o rico avarento
Não pude, não posso... Nenhum outro provará!
Lutava Da Vinci delineando o contorno
Somente o afresco, jamais o beijo morno
Jamais o frio da tez, braço outro abrasará!
André da Costa
Enviado por André da Costa em 10/08/2024
Alterado em 10/08/2024