Andre Costa
Poemas e contos
Capa Textos Áudios Fotos Perfil Livro de Visitas Contato Links
Textos
MONA
Atrevido teu sopro, briosa aragem
Que beija a face e agita
Aqueles fios D’ouros, o laço de fita,
Sussurrando-lhe os versos que não tive coragem!

Afastai as mãos sôfregas, ávidas
Tais contornos delineados ao afresco
Hão de ser febre, o afã gigantesco
Tuas lascivas opalas, porém, pávidas !

Infames os olhares, petulante cortejos
Frívola a lira, o choro dos arpejos,
Vil o lábio que intentou...

Anuncia-te, qual graciosa Mona
A beleza e o perigo da beladona
A quem meu remorso do pecado culpou!

==========
Observação
1 - “opalas” - Se refere aos olhos da menina
2 - “pávidas” - Está no sentido de “tímidas”
3  - “Mona” - Derivada do irlandês, quer dizer “pequena nobre”
Em árabe a palavra remete a “desejos”
A palavra também é usada como sinônimo de “monumento natural”
André da Costa
Enviado por André da Costa em 13/07/2024
Alterado em 13/07/2024
Comentários