(Reencarnação de Popeia Sabina)

Bruxuleantes formas abstratas
Dançam sustidas à Deusa Romana
Sedas adejantes, ó vista profana...
Temei o laço das paixões ingratas!

Deusa Vênus, ode ao busto silente
A lira de Nero verteu por ti
As lágrimas de quem chora e ri
E quantos outros tombaram, ao poente...

Popeia Sabina!
Revive hoje teu olhar de menina...
Fugiu dos afrescos... Talvez d´uma poesia de Homero!

Derramai o óleo! Lança ao chão a lamparina!
É da noite o brilho lascivo da turmalina
No salão já escuro
Revivi em teu hálito a paixão e queda de Nero!

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Observação
1 - “Bruxuleantes formas abstratas” - Se refere à luz das velas
2 - “brilho lascivo da turmalina” - No texto, se refere aos olhos da menina, no caso, Popeia Sabina reencarnada
3 - "Popeia Sabina" - Jovem extremamente bela que conquistou o coração do imperador Nero, assim como de vários outros pretorianos da Roma antiga