Rasga o tecido do céu
Mais nobre o urdido azul...
Cerzi o xale e o véu!
E como as Helenas, nuas e plenas,
Hás de turvar do luzeiro, o Cruzeiro do Sul!

Com o ardil dos que carregam a intriga
Junto aos sabores lúbricos do licor
Descrevi da tela a Musa que instiga
A primeira valsa ao albor...

Ainda que o fogo ao som das liras crepite
Fogem os pensamentos nos beijos de Afrodite
Ri meu coração a outros lábios...

E como vibra o peito na sonata
Quando a bravura se torna a insensata
E clamo teu nome dentre calúnias e ressábios!

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Observação
“Cruzeiro do Sul” - Se refere à luz das cinco estrelas, Magalhães, Mimosa, Pálida, Rubídea e Intrometida