Invejo tanto, na cupidez da vida, o Beato
Ah sofrido coração que já não pode!
A mão que não se estende e não acode
Hirta, sustinha a flor em Teu retrato!

Ó humanos olhos da impiedade!
O beijo de Hera foi leve e frio
As formas delineavam o vazio
Tomaste das Deusas toda lubricidade!

Sofro, ora sim, o calmo pesar dos tolerantes
E além, sofro a saudade dos Retirantes
Pela terra, os vales e sendas dos teus passos...

Se clama, vai!  Deixa o perfume no edredom
Leva a taça manchada de batom
E um verso apenas do poema, rasgado aos pedaços!

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Observação
“Hera” - Deusa grega das bodas e da fertilidade feminina