A FACE DA PRIMAVERA
Prímulas, gardênias, lisiantos
Das branduras, lisuras, da maciez
Das fácies pueris - Da tez
Dos lábios rubros de beijos tantos!
Lembra-me a primavera, o Teu despontar
Os olhos anis que se abriam
No cerúleo céu se perdiam...
Pousando onde tomba o mar!
Insensato fui... O ingrato!
Às folhas de outono em seu último ato
Bailando a meus pés, em ciranda...
Perdão! Mas nunca foi a primavera!
Eras Tu - Jamais revele, a paixão austera
Das estações o único verso! A mão que afagava serena e branda!
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Observação
“austera” - No texto está no sentido de “implacável”
André da Costa
Enviado por André da Costa em 23/09/2023