Andre Costa
Poemas e contos
Capa Textos Áudios Fotos Perfil Livro de Visitas Contato Links
Textos
VÊNUS DESPIDA
Eleva a fronte
As estrelas não vertem pranto!
O orvalho é o beijo sacrossanto
Minha ousadia, a barca de Caronte!

Sim, ousei! Meus lábios intentaram o toque!
Tez  d´uma Deusa coibida...
Tombou-lhe a candura - Vencida
Rasgaram-me as prosas junto as Escrituras de Enoque!

Minha culpa! Pousaram ao busto olhos que se perderam...
Como Da Vinci e Renoir cederam
Aos afrescos e pinturas que não tem vida!

Ah!  Fosse apenas o som da lira!
O soar das palavras vãs de quem delira...
Jamais o cálice ardente, a Vênus Despida!

============================
Observação
1 - “barca de Caronte” - No texto faz analogia a algo perigoso, segundo a mitologia, algo como “embarcar para o mundo dos mortos”
2 - “Escrituras de Enoque” - Faz analogia no sentido de “ser um segredo", ocultado durante séculos na história
As “prosas” e as “Escrituras” citadas seriam ambas um segredo, apesar de nada terem em comum
3 - “Vênus Despida” - Também conhecida como  Vênus Desnuda” ou “Vênus de Milo”, foi uma escultura da Grécia Antiga tida como ideal de "beleza  e tradição clássica"
André da Costa
Enviado por André da Costa em 26/08/2023
Alterado em 26/08/2023
Comentários