Andre Costa
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PANDORA
Buscavam teus olhos o aceno da Estrela D´Alva
E ao primeiro lúmen, no despertar dos amantes,
Ostentava desde os céus às plagas verdejantes
Sua eternidade e beleza, por Afrodite salva!

Ai de mim pelo flerte maldito
Condenado das Deusas - O réprobo... O réu!
Mas se ousei tocar-lhe a túnica e o véu
Culpo tua venustidade, roubada das deusas do Egito!

Apiedem-se, pois, do canário encarcerado
Dos justos aprisionados do mesmo pecado
Fosse a culpa, o tom azul - Cerúleos olhos de outrora!

Ante a tinta e a pena
Recusa-se a mão que tombou por Helena
Negar nas linhas d´um parnaso, o beijo velado de Pandora!

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Observação
1 - “Helena” - Segundo a mitologia grega, é filha de Zeus
2 - "Pandora” - Primeira mulher a ser criada por Zeus, de grande beleza, porém, motivo certo da ruína de muitos!
3 - O canário no texto foi para fazer uma analogia a uma injustiça e a uma punição.
Ambos (o “canário” e os “justos”) sofriam por amar o tom azul (Firmamento, quanto ao canário, e os justos, os olhos de Pandora)
André da Costa
Enviado por André da Costa em 22/04/2023
Alterado em 23/04/2023
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